Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus. Apocalipse 16:1
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Mensagem  narrador Qui Nov 27, 2008 3:45 pm

Há uma presença pairando sobre essa cidade, observando. Eu posso senti-la quando caminho pelas ruas supostamente vazias. Eu posso percebê-la quando eu estou no meio da turba no Elysium. E eu quase posso ouvir a sua voz sussurrando para mim nas horas que antecedem o amanhecer, pouco antes de cair no sono. Eu acho, também, que a voz me fala coisas quando eu estou dormindo. Ela é indescritivelmente velha e triste, e ela me fala de histórias da cidade que não particularmente divulgadas. Eu levanto todas as noites e há outra memória, outra imagem de algo que aconteceu uma centena de anos atrás, desaparecendo para as profundezas de minha mente. Não há nenhuma forma pela qual eu poderia saber qual é a cor da gravata que Sua Majestade estava usando quando ele estacou seu sire, no ano de 1874, mas eu tenho essas visões, e me questiono, e maldito seja eu se não estou vendo essas coisas como elas aconteceram. Isso me assusta, eu acho. Assusta-me o fato de que essa presença, este poder, esteja observando a cidade por tanto tempo, e me assusta o fato de que agora ele está me observando. Eu gostaria de pensar, em meus momentos mais otimistas, que ele me observa porque está só, e quer compartilhar um pouco daquilo que ele viu com alguém. Se você aceita esse argumento, isto me diferencia dos demais porque eu sou pequeno e insignificante na grande escala das coisas vampíricas, e não importa se eu sei dessas coisas porque, francamente, ninguém se importa comigo.

A outra possibilidade - de que estou sendo observado porque estou fazendo algo importante ao observar - é que realmente me assusta. Pergunte a uma centena de Vampiros o que o Inconnu realmente é, e você terá duzentas respostas diferentes. A seita permanece misteriosa e onipresente na obscuridade de todas as opiniões dos vampiros. O fato é de que o Inconnu não busca fazer qualquer coisa é enlouquecedor para os outros vampiros. Planos e contra planos, golpes, evasões e réplicas - vampiros são usados por esse tipo de coisa. De uma forma estranha, a infinita dança de intrigas e conflitos é reconfortante, todo mundo sabe o que esperar, apesar de tudo. Mas o Inconnu não joga esse tipo de jogo. Eles fazem, tão longe quanto um Vampiro mediano pode ver, nada. E isso leva o restante da comunidade vampírica às beiras da insanidade com essa curiosidade - principalmente porque ninguém que tenha sido abraçado por mais de uma hora pode acreditar que tais criaturas tão velhas e tão potentes poderiam conter-se para não entrar no mesmo tipo de jogo que o resto dos vampiros jogam.

Talvez essa seja uma falha na perspectiva vampírica; jovens vampiros simplesmente não podem conceber que seus velhos sábios sejam algo senão eles mesmos. Talvez o Inconnu apenas senta-se, e observa, e em alguns casos busque a Golconda infinitamente. Talvez... Mas não há ninguém de fora que acredite nisso.

HISTÓRIA
Tecnicamente falando, o Inconnu é tanto uma seita vampírica como um tipo de comunidade de respeito mútuo. Até onde se sabe, não há um Círculo Interno dentro do Inconnu, nenhum grande e terrível ajuntamento de grandes e terríveis vampiros decidindo o destino da seita. Ao contrário, o Inconnu - naquelas raras ocasiões em que um vampiro se identifica com a seita - parecem ser um bando de indivíduos frouxamente associados, conduzidos por interesses e experiências em comum mas distanciados por um medo e respeito saudáveis devido ao poder do outro. Certamente a Golconda parece estar na agenda de muitos membros da seita, mas "parece estar" não é o suficiente para garantir mútua segurança quando dois vampiros incrivelmente poderosos ficam um pouco mais próximos.

Na maior parte das vezes, um Inconnu é percebido pela simples presença, um sentimento de poder inefável espreitando na escuridão em qualquer ocasião em que um intruso mais curioso chega perto da moradia do vampiro. Mesmo transeuntes fortuitos por vezes sofrem fragmentos desse efeito, que é supostamente explicado como sendo algum tipo de lugar "assombrado" ou "amaldiçoado" no mundo. Muitos membros da seita chegaram ao local vindos de algum lugar e ali ficaram por séculos (Veja Monitores, mais abaixo), ainda que apenas uma seleção de poucas cidades fossem escolhidas como morada. Os demais preferem locais rurais e isolados, por vezes fora da jurisdição mesmo de outras criaturas sobrenaturais. O Inconnu refugiou-se da sociedade por sua distintiva solidão, e eles seguem essa idéia seriamente. Que bem há na solidão com o propósito de contemplar a Golconda se os ancillae estão bisbilhotando seu refúgio a cada um ano ou menos?

No fim, então, o Inconnu são o principal manancial de mistérios dos vampiros, sempre presente para ser debatido, mas eles mesmos nunca estimularam sua ação e então desaprovaram irritados qualquer uma das teorias ao seu respeito. De uma forma estranha o Inconnu são quase uma presença reconfortante para seus irmãos mais novos, um vulcão dormente distante que os locais respeitam e temem ao mesmo tempo. Não, os vampiros da Camarilla seguramente não querem que o Inconnu comece a jogar de forma ativa na sociedade vampírica, mas a sua presença silenciosa é mais agradável para então contemplar, dizem, as possíveis maquinações dos Antediluvianos. O Inconnu são os famosos "demônios que você conhece", ainda que tal conhecimento seja tão superficial - e mesmo entre os Vampiros, o demônio do qual se conhece é melhor que aquele desconhecido.

Qualquer vampiro são (assim como qualquer Malkavian) possui um medo saudável do Inconnu. Todo mundo sabe que eles podem agir; e agir decisivamente - e isto é exatamente o que eles não querem. Senhores paranóicos dizem às suas crianças histórias de cidades inteiras (ou em versões mais grandiosas, capitais inteiras) que foram esvaziadas em sua população vampírica por algum pouco caso, real ou imaginário, contra o Inconnu. Sejam verdadeiras ou não essas histórias, elas são suficiente para dizer que é difícil arranjar evidências contra eles - o que deixa as lendas ainda mais terríveis para vampiros particularmente imaginativos.

O provável é que o próprio Inconnu começou com esses rumores (e podem até mesmo terem cumprido um ou outro, apenas para provar que podem) para assegurar que os jovens vampiros tenham e mantenham uma medrosa pontada no estômago apenas pensando no que o Inconnu pode fazer. Ainda que essa tática pareça despojar o Inconnu de possíveis ajudantes ou aliados, a verdade é que caso essa ajuda deva ser requisitada, o Inconnu pode sem dúvida compeli-la. Além disso, o terror que esses antigos vampiros inspiram é suficiente para deter qualquer número de possíveis diabolistas ambiciosos pelo potente vitae do Inconnu. Enquanto as surpresas forem muito poucas, se existirem, desses observadores que poderiam sobreviver às suas provas, é fácil para um Inconnu nunca ter que compactuar com um deles. Ainda que as histórias dessas recentes cidades de Tróia não sejam desencorajador, ainda assim eles são suficientemente afetados pelas lendas para serem retardados em suas caçadas pelo efeito frio do terror. Um caçador que é distraído por lendas e se abriga nas sombras logo se torna ele mesmo uma presa fácil.

O TEMPO
Parte do mistério que ronda o Inconnu se refere ao seu senso de escala, tão formidável que ela está simplesmente além da compreensão de vampiros jovens. Uma década ou mesmo um século nada é para um desses antigos. Assuntos de extrema urgência para neófitos e ancillas são como efêmeras para eles, partindo em uma questão de momentos. De certa forma, o Inconnu é para os vampiros mais jovens aquilo que os vampiros são para os mortais - assim como um ancillae vê as coisas de uma perspectiva muito mais longínqua do que um humano, também o Inconnu vê as coisas de uma perspectiva muito mais longínqua que um jovem vampiro. A queda iminente de um Príncipe, revoluções anarquistas, infestações de Ravnos - todas essas coisas que são assuntos de vida e morte tanto para os neófitos como para os ancillae - são meros piscar de olhos para o Inconnu, não merecendo sua atenção tanto quanto a eleição de um prefeito para um vampiro abraçado há um século. Entretanto, não é forçado dizer que uma das maiores frustrações dos vampiros em negociar com o Inconnu é que a seita trata jovens vampiros exatamente como eles estão acostumados a tratar outros - e até mesmo Élder são muito submissos quanto a esse tipo de tratamento quando o recebem.

INTERFERÊNCIA
A dúvida da interferência ou não do Inconnu dentro da sociedade da Camarilla têm incomodado desde o seu começo. O consenso entre os vampiros da Camarilla parece ser "Sim, eles interferem, mas nós não sabemos como - e é isso que nos aterroriza". A mão do Inconnu é percebida em toda parte, causando tanto a neófitos como a Élder a mesma reação quanto às supostas manipulações da misteriosa seita. Algumas medidas antecipadas estão sendo tomadas, como a prevenção contra o (teoricamente inevitável) dia em que o Inconnu concretizará o seu desejo de ter um papel ativo.

Então, por meio da reação de outros, fantasias paranóicas e planos, o Inconnu deve de fato afetar a Camarilla numa base noturna. Por outro lado, a questão de como o próprio Inconnu atualmente faz qualquer coisa em lugar de insuflar frenesis de atividade permanece discutível. Isto, presumivelmente, é exatamente aquilo que o Inconnu deseja.

Em uma base individual, encontros com membros do Inconnu são raros e portentosos. Ninguém sai de um encontro com um Matusalém intocado, ainda que a mudança tenha sido para melhor ou pior seja discutível. Encontros com um Inconnu possuem propósitos específicos: avisos, tratos, um momento único de comemoração e um ocasional recrutamento para a trilha da Golconda. Tais encontros mais parecem audiências que discussões; o poder dinâmico em uma sala sempre emana próximo do Matusalém. A despeito do motivo usado para ser feito esse encontro, o sentimento de terror e poder que um Inconnu emana para a mesa inevitavelmente têm impacto. Poucos vampiros, mesmo os dispostos a falar de seu contato com o Inconnu, ainda que essas reticências cresçam com o medo, respeito ou compulsão ninguém possa dizer.

MONITORES
Se um vampiro jovem entra em contato com um membro do Inconnu (uma proposta muito indesejável, na verdade), é possível que este tenha encontrado o Monitor da cidade. Enquanto que a grande maioria do Inconnu esconde-se em refúgios distantes do grande movimento das cidades - sem mencionar os jovens vampiros nela existentes - poucos membros da seita escolhem para si certas metrópoles e tornam-se seus Monitores. Nascimento, raça e velhos hábitos não possuem nenhum tipo de relação com a escolha da casa de um Monitor - o Monitor de Chicago, por exemplo, despendeu apenas uma pequena fração de sua não-vida na cidade. Na verdade, a relação parece ser ditada por fatores invisíveis a observadores menos experientes; boatos de pânico atribuídos a profecias Nodistas, padrões das Linhas de Ley, instruções do próprio Caim e, mais perturbador, a idéia de que nos locais em que os Matusaléns dormem, o Inconnu está a postos para observar.

Seja lá o que possa ser, uma vez que um Monitor escolhe uma cidade ele está ligado a ela, se não pelo resto de sua existência, então por pelo menos uma porção considerável dela. É seu dever observar todos aqueles que caminham pela cidade, tanto os evidentes quanto os escondidos, e mais importante, entendê-los. Até onde qualquer um sabe (o outro além do Inconnu) não há nenhum sistema pelo qual um Monitor envia notícias ou faça apresentações. É simplesmente o dever de saber do Monitor - e de alguma forma, de outros Inconnu que precisam saber o que ele sabe sempre que pareça ter essa informação. Recentemente mais que um relutante vampiro foi encontrado conversando com um misterioso estranho que parecia saber até demais sobre o seu passado...

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